A Nave dos Loucos

A montanha russa de Passos Coelho
Público Online


Passos Coelho
Entrou a dizer que ia privatizar tudo.
Depois, à medida que o tempo foi passando, foi retirando coisas da sua lista de privatizações.

Ameaçou que ia cortar ou mexer em todos os subsídios.

Depois, quando percebeu que num país que caminha a passo acelerado para os 20% de desemprego esse tipo de discurso pode não cair bem, decidiu deixar morrer o assunto.

Começou por dizer que achava que o PEC não ia longe o suficiente.

Depois, quando percebeu que o FMI é quase tão popular como a Peste Negra, tentou transformar a campanha num referendo a Sócrates

José Sócrates
Respondeu à privatização com a defesa da economia estatal.
Tornou-se um arauto das empresas públicas, depois de ter passado dois mandatos a conspirar para as tornar insolventes.

Sacralizou o Estado Social como resposta aos cortes de Passos Coelho.
Adoptou o discurso da sacralização do Estado Social, depois de ter estado quase dois mandatos activamente empenhado no seu desmantlemento

Afirmou que o PEC IV era a salvação de Portugal.
Continua a defender um PEC que não conseguiu aprovar, mas assinou um compromisso bem pior com a Troika, e com direito a uma reprimenda por só ter pedido ajuda à beira da bancarrota.

Entre um suicídio estiloso com José Sócrates, talvez com uma espada de Samurai e a beber um chá, ou um bem mais deselegante às mãos de Passos Coelho, do tipo saltar de um quinto andar, não admira que os portugueses tenham imensas dúvidas!

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