Os Privilégios de Uma Casta

Presidente da Associação Juízes para a Cidadania concorda com pena para jovens agressores
Público Online


Não irei comentar o ataque de histeria que tomou conta dos Media e da opinião pública.
Sem querer desculpar a agressão, não a considero inédita, nem sequer uma característica dos tempos em que vivemos e muito menos o anunciado fim da civilização.

Porém, tenho que concordar com Marinho Pinto que este processo é mais um sintoma de uma casta que governa o país sem qualquer controlo.
O Direito português tem a pretensão de que o Juiz é um poço de sabedoria, infalível e inimputável. São os juízes que se avaliam a si próprios e, como é natural, se recusam a reconhecer a existência de incompetência no seio da sua Casta. Mais preocupante ainda é o facto de os juízes serem o principal bloqueio a qualquer reforma do sistema judicial.

Ficamos apenas com três exemplos de crimes muito mais graves que não deram origem a prisões preventivas:

Isaltino Morais - Em que a possibilidade de intervir e adulterar provas era real
Tentativa de Homicídio numa Esquadra – Alguém que tenta matar outro a tiro numa esquadra é um perigo para toda a sociedade
Juíza alcoolizada em contra-mão – Crime extremamente grave e perigoso que mereceu uma reprimenda aos polícias que detiveram a juíza.

Não pode haver lugar para privilégios de casta em Portugal!

2 comentários:

  Kravin

30 de maio de 2011 às 11:12

meu amigo, juíza alcoolizada? não faça confusões... uma magistrada do ministério público não é, nem nunca foi, uma juíza! No Ministério Público não há juízes... informe-se!

  Gambino

4 de junho de 2011 às 18:23

Um magistrado possui formação do Centro de Estudos Judiciários.
Para todos os efeitos, é reconhecido como um membro da Casta de Juízes, pelos próprios e pela opinião pública.

Basta ver o estatuto privilegiado que o tribunal lhe atribuiu.

Realmente, não se trata de um Juiz, mas sim de um aprendiz de Juiz.