Isso é o que tu dizes

Cavaco: Quem não votar perde legitimidade para criticar próximo Governo
Público Online


É um direito inalienável de todos os cidadãos criticarem ou defenderem o governo da nação.
É um direito totalmente independente, que decorre da própria cidadania e que não é limitado pelas escolhas do cidadão.

Quem apoia um dos candidatos, e por acréscimo o nosso modelo político, DEVE VOTAR.

Quem aprova o modelo de democracia em vigor, mas rejeita todos os candidatos, DEVE VOTAR EM BRANCO.

Quem reprova o modelo de democracia representativa indirecta que é adoptado em Portugal NÃO DEVE VOTAR.


A abstenção é uma escolha legítima!

Os Privilégios de Uma Casta

Presidente da Associação Juízes para a Cidadania concorda com pena para jovens agressores
Público Online


Não irei comentar o ataque de histeria que tomou conta dos Media e da opinião pública.
Sem querer desculpar a agressão, não a considero inédita, nem sequer uma característica dos tempos em que vivemos e muito menos o anunciado fim da civilização.

Porém, tenho que concordar com Marinho Pinto que este processo é mais um sintoma de uma casta que governa o país sem qualquer controlo.
O Direito português tem a pretensão de que o Juiz é um poço de sabedoria, infalível e inimputável. São os juízes que se avaliam a si próprios e, como é natural, se recusam a reconhecer a existência de incompetência no seio da sua Casta. Mais preocupante ainda é o facto de os juízes serem o principal bloqueio a qualquer reforma do sistema judicial.

Ficamos apenas com três exemplos de crimes muito mais graves que não deram origem a prisões preventivas:

Isaltino Morais - Em que a possibilidade de intervir e adulterar provas era real
Tentativa de Homicídio numa Esquadra – Alguém que tenta matar outro a tiro numa esquadra é um perigo para toda a sociedade
Juíza alcoolizada em contra-mão – Crime extremamente grave e perigoso que mereceu uma reprimenda aos polícias que detiveram a juíza.

Não pode haver lugar para privilégios de casta em Portugal!

A Nave dos Loucos

A montanha russa de Passos Coelho
Público Online


Passos Coelho
Entrou a dizer que ia privatizar tudo.
Depois, à medida que o tempo foi passando, foi retirando coisas da sua lista de privatizações.

Ameaçou que ia cortar ou mexer em todos os subsídios.

Depois, quando percebeu que num país que caminha a passo acelerado para os 20% de desemprego esse tipo de discurso pode não cair bem, decidiu deixar morrer o assunto.

Começou por dizer que achava que o PEC não ia longe o suficiente.

Depois, quando percebeu que o FMI é quase tão popular como a Peste Negra, tentou transformar a campanha num referendo a Sócrates

José Sócrates
Respondeu à privatização com a defesa da economia estatal.
Tornou-se um arauto das empresas públicas, depois de ter passado dois mandatos a conspirar para as tornar insolventes.

Sacralizou o Estado Social como resposta aos cortes de Passos Coelho.
Adoptou o discurso da sacralização do Estado Social, depois de ter estado quase dois mandatos activamente empenhado no seu desmantlemento

Afirmou que o PEC IV era a salvação de Portugal.
Continua a defender um PEC que não conseguiu aprovar, mas assinou um compromisso bem pior com a Troika, e com direito a uma reprimenda por só ter pedido ajuda à beira da bancarrota.

Entre um suicídio estiloso com José Sócrates, talvez com uma espada de Samurai e a beber um chá, ou um bem mais deselegante às mãos de Passos Coelho, do tipo saltar de um quinto andar, não admira que os portugueses tenham imensas dúvidas!

Como é que ele se aguenta?

PSD: 35,8%
PS: 34,1%


Há uma coisa que não pode deixar de surpreender:
Como é que Sócrates se consegue aguentar?!?


Tem grande parte da imprensa e a quase totalidade dos opinion makers do país contra ele.
Para todos os efeitos é, no mínimo, o Primeiro-ministro em exercício numa das piores crises dos últimos cem anos.
A generalidade dos que ocupavam o cargo quando esta crise rebentou ou já caíram, e quase sempre com grande estrondo, ou estão na eminência de sofrerem derrotas esmagadoras.

Pode ser que uma paixão descontrolada, tipo Atracção Fatal, tenha tomado conta do povo Português ou que o líder do PSD tenha conseguiu a proeza de aterrorizar grande parte do eleitorado.

Pode ser que o povo Português já tenha percebido que quem manda realmente é a tal Troika e que é irrelevante saber quem vai fazer cumprir o malfadado acordo.

Pode ser que os eleitores já tenham percebido que o governo de Portugal se tornou numa completa inutilidade e prefiram alguém que já conhecem.

Pode ser que o povo português já tenha compreendido que a tragédia é irreversível e prefira afundar-se ao som de um show man com o calibre de Sócrates.

Mas como é que o homem se aguenta?!?

As Tais Leis Muito Bem Feitas

Tribunal diz sim à providência cautelar interposta por Garcia Pereira
Canais generalistas obrigados a realizarem debates entre MRPP e outros partidos

Público Online


É frequente ouvir dizer que Portugal tem um sistema legal muito bom, mas que não é bem aplicado. É uma daquelas patranhas que serve apenas para nos distrair do facto de termos um dos piores sistemas judiciais do mundo democrático.

Este é mais um exemplo primoroso de um sistema legal cujo problema é menos não ser aplicado do que ser totalmente inaplicável.

A seguir esta lei à letra, teriam que existir centenas de debates em cada acto eleitoral.
Ou seja, em vez de ajudar a esclarecer os eleitores, esta lei tem um efeito perverso e serve apenas para impedir os debates eleitorais, assim impedindo o mesmo esclarecimento que visa promover.

O nosso sistema legal é tão perfeito que degenera na imperfeição absoluta.

Essa Pago Para Ver

Passos anuncia site para nomeações
Público Online


Passos Coelho anunciou um site público com todas as nomeações do governo.
Parece-me bem, mas tenho imensas dúvidas que esta proposta sobreviva a 5 de Junho.


Apesar da notícia no Público vir no sentido garantir que as futuras nomeações sejam transparentes, outros interpretaram como uma ameaça velada de publicar as nomeações efetuadas no governo cessante. Ou seja, em vez de promover a transparência, serviria apenas como arma de arremesso.

Alguns dizem que temos que dar o benefício da dúvida e admitir que Passos Coelho tem a intenção de cumprir esta promessa, embora o benefício continuado da dúvida seja uma forma pouco refinada de estupidez. Aliás, a ideia é um pouco vaga e nada garante que as malhas da rede deste site não sejam demasiado largas ao ponto de permitirem alegações do estilo “esta nomeação não é do Governo mas sim do Instituto X ou Y”.

A verdade é que a falta de transparência nas nomeações tem sido uma prática comum de todos os governos PS e PSD.
Depois de 37 anos de democracia dita representativa, já não há lugar para o benefício da dúvida

O Labirinto da Austeridade

Sócrates em contra-ataque: Passos Coelho põe em causa “esforço dos portugueses”
Público Online


A experiência grega já vai suficientemente avançada para percebermos a vacuidade dos discursos de campanha de PS e PSD, mas também a inutilidade do esforço dos portugueses.

O modelo de austeridade imposto pela UE não está a funcionar e está em vias de se tornar no principal causador do colapso do Euro. PS e PSD sugerem versões mais ou menos mastigadas da mesma receita, o que torna o debate absolutamente redundante.

Os discursos políticos de PS e PSD parecem uma animada e inútil discussão entre físicos medievais.
O primeiro promete curar o doente com sanguessugas e o segundo com uma sangria, mas entretanto, o doente vai morrendo com uma simples infecção, que os ditos sábios não conseguem identificar e muito menos tratar.

O Titanic dirige-se para o Iceberg e há duas bandas a tocarem no convés!