Um Sistema Doente

Governo de gestão não pode avançar com pedido de ajuda externa
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O nosso sistema político dá mais um sinal da sua fraca saúde.
Estamos perante um bloqueio do sistema, que é algo que a generalidade das democracias do mundo desenvolvido há muito aprenderam a superar. É como apanhar escarlatina num Resort em Vila Moura ou Lepra num WC da Casa da Música

O nosso sistema é de tal forma anacrónico e absurdo que conseguiu contrair uma doença em que única cura possível é o recurso a sanguessugas. No século XIX, havia uma figura quase legal para resolver bloqueios de sistema e que, obviamente, caiu em desuso, o golpe de estado institucional. Normalmente era dado por Reis ou Primeiros-ministros, quando alguns tipos gordos, de farto bigode e feitio quezilento conseguiam a proeza de bloquear irremediavelmente um sistema que supostamente tutelavam. Basicamente, consistia na suspensão temporária do parlamento, seguido pela constituição de um governo dito de salvação nacional, com amplos poderes, e, posteriormente, um novo plebiscito. Ou seja, o equivalente político a reiniciar o computador em módulo de segurança.

È claro que seria extremamente difícil explicar à União Europeia que, além de termos elegido os mais incompetentes da nação para gerirem a coisa pública, teríamos que recorrer a uma estratégia que não é utilizada desde 1920, quando o Chanceler Bauer viu o seu golpe institucional ser triturado por uma revolução marxista e uma contra-revolução militarista.

Este impasse institucional diz muito sobre o nosso sistema:
- O nosso sistema e tão atrasado que consegue contrair doenças já totalmente erradicadas
- Os nossos políticos são gente do século XIX, ainda que sem os fartos bigodes e com alguns quilinhos a menos.


Se há alguém que ainda acredita nesta democracia não representativa, que ponha a mão no ar!

Missão Impossível!

Auditoria do Tribunal de Contas não conseguiu apurar número de fundações em Portugal
Público Online


A democracia pseudo-representativa portuguesa conseguiu criar mais um estado dentro do estado.

Não se trata de uma coisa tipo CIA, até porque isso daria imenso trabalho e o político português não convive bem com o esforço, e menos ainda de uma daquelas golpadas do crime organizado, visto que o político português é um burlão e falta-lhe a competência de um gangster.

As Fundações limitam-se a ser excelentes locais para o político meter os ossos de molho, quando a vida não lhe corre de feição, ou para dar emprego a familiares e amigos. É um tacho igual aos outros, com as vantagens do costume, do cartão de crédito ao depósito atestado.

As Fundações Privadas são especialmente interessantes, não se coibindo de contar com dinheiros públicos, de contratarem consultores, de terem nos seus quadros os principais advogados do país, que por acaso são ou foram políticos, e de estarem habitualmente associadas a partidos ou grupos de pressão política.
O modelo americano para Fundações é o da filantropia e da participação da sociedade civil. O nosso é o de um clube privado de necrófilos que, por acaso, se dedicam à política. Coitados do Gulbenkian e até do Champalimaud que consumiram tempo e dinheiro a construírem Fundações com utilidade pública!

Não surpreende a inércia de quem deveria fiscalizar estas Fundações.

Ficaria muito mais surpreendido se estas entidades, criadas por políticos, se dessem ao trabalho de investigar fundações privadas, construídas por políticos para extorquirem património público.

E o Povo, Pá?

A falência do nosso sistema político abre as portas a outras formas de intervenção.
Foi o que fez o movimento E o Povo, Pá.

Recorrendo à acção directa, este grupo expôs publicamente a fraude do bailout ao BPN, num protesto simultâneo em 9 cidades.

Com apenas uma curta acção, estes tipos já conseguem representar mais o eleitorado português do que a maior parte dos 232 que elegemos.

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Porquê Votar?!?

Sondagem TVI: PSD venceria legislativas mas sem maioria absoluta
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Mais importante do que saber que direcções partidárias vão poder continuar a saquear o país, é a resposta a uma questão aparentemente secundária, mas extremamente sintomática:

45% acham que próximo governo vai governar de forma semelhante ao actual
14,7% acreditam que o próximo governo ainda vai ser pior


A fazer fé nesta sondagem, quase 60% acham que nada vai melhorar com estas eleições.
Se isto não é um cartão vermelho ao nosso sistema, então não sei o que será.

E que tal, por uma vez na vida, em vez de votarmos naqueles que achamos que não vão mudar nada, optarmos por não votar?

E que tal o 5 de Junho?!?

PS quer eleições a 5 de Junho
Público Online


Se interessa ao PSD que as eleições sejam o mais rapidamente possível, tendo em conta que é extremamente difícil temperar o realismo que Merkel e os mercados exigem com a retórica demagógica das campanhas eleitorais em Portugal, o PS prefere que estas se realizem o mais tarde possível.

Sócrates, que já meteu o seu nome em quatro PECs e dificilmente poderá fugir da retórica da austeridade, prefere apostar no efeito que as propostas de Passos Coelho para consumo europeu podem ter no eleitorado português. Basta ver o pavor que provocou a ameaça de subir o IVA .

Ocultar Falsos Recibos Verdes nos Censos

Exige a substituição da pergunta 32 dos CENSOS! Faz chegar a tua reclamação ao Provedor de Justiça
Protesto da Geração À Rasca


A generalidade dos movimentos associados aos trabalhadores precários está a promover uma acção contra a famigerada pergunta 32 dos Censos 2011.

O inquérito omite declaradamente os chamados falsos recibos verdes, obrigando-os a identificarem-se como trabalhadores por conta de outrem, apesar de não possuírem nenhumas das regalias que este estatuto confere, e estamos a falar de coisas básicas como férias pagas.

Os Censos 2011 acabam assim por branquear uma situação que afecta imensos jovens trabalhadores, mascarando-os de trabalhadores por conta de outrem com plenos direitos, corrigindo apenas estatisticamente um dos problemas principais do mercado laboral português.

Os movimentos de trabalhadores precários pretendem apresentar uma queixa no Provedor de Justiça para exigir a correcção desta situação.

-Razões para a queixa

-Provedoria de Justiça

O 29 de Maio

PSD defende eleições a 29 de Maio
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O PSD percebeu imediatamente que convinha ir o mais rápido possível para eleições.

Quanto mais tempo durar a campanha, mais promessas terá Passos Coelho que fazer e, tendo em conta que não as tenciona cumprir, time is of the essence!

Já para não falar no facto de a verdadeira governante de Portugal, a fraulein Merkel, já estar a exigir que o PSD, antes ainda de ser eleito para o governo, se comprometa a cumprir os planos de austeridade. Embora o eleitorado português já se tenha habituado ao populismo de pé de chinelo das campanhas eleitorais, tudo indica que Merkel quer saber previamente aquilo que o PSD quer realmente fazer.