Ligações Perigosas

Deputados com ligações ao sector onde legislam
Público Online


A gestão danosa ou, no mínimo, suspeita da coisa pública é algo que todos os portugueses há muito sentem. Os mais cépticos dizem que a corrupção e o tráfico de influências são coisas raras, ou defendem que a situação em Portugal não é muito diferente da de todos os outros países desenvolvidos, que convivem com doses mínimas, e não letais, de corrupção e tráfico de influências.

Este documento colectivo vem uma vez mais provar que a corrupção, o tráfico de influências e o abuso de poder são endémicos e decorrem do nosso sistema político.
A verdade é que os eleitores não têm maneira de punir estes deputados.
Eles vão continuar a ser eleitos, no fundo das listas ou nas repescagens provocadas pela saída de deputados eleitos para o governo e empresas privadas.

A fidelidade do deputado não mora no serviço à coisa pública e menos ainda na representação dos eleitores. Reside na direcção partidária e na teia de relações que esta urde, que são quem realmente designa o deputado para uma posição elegível na lista.

O mais curioso é o facto de alguns dos deputados citados terem aproveitado para sugerir que nos ministérios a situação seria ainda pior.

Logo, o dito deputado não se limita a assumir comissões em que poderá ter interesses particulares, mas também aproveita para se furtar a fiscalizar o governo ou a criar legislação que corrija erros que o próprio detectou.

And therein, as the bard would tell us, lies the rub.

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