Para corrigir os bugs, lá saiu mais uma versão do mal fadado Plano de Estabilidade e Crescimento. Apesar de ninguém perceber se estamos perante um software novo ou uma actualização, tudo indica que se trata de mais um software malicioso.
Assenta no mesmo modelo de sempre:
Congelamentos das pensões, cortes nas prestações sociais e na saúde, assim como os costumeiros aumentos de impostos.
Entretanto, a tentativa de colocar limites nos salários dos gestores públicos foi bloqueada pelo Bloco Central e veio a público que as extinções de cargos no sector empresarial do estado têm sido aplicadas apenas às chefias intermédias, salvaguardando os administradores.
Ou seja, a classe dirigente continua empenhada em garantir que a luta contra a bancarrota não prejudique os seus privilégios. Por mais aparições nocturnas que Passos Coelho faça e independentemente da retórica histérica, é indisfarçável que, no momento da verdade, o PSD protege os interesses e privilégios da casta dirigente.
Conclusão:
-Os boys dos partidos do arco do governo conseguem proteger cargos, salários e privilégios, apesar da tão propalada bancarrota.
-A banca, que patrocina e se mistura com a casta dirigente, continua a gozar de um estatuto fiscal digno do terceiro mundo.
Em vez de actualizarmos o software do costume, talvez esteja na hora de mudarmos de sistema operativo.
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